A PRÁTICA DO YOGA NA ESCOLA: ELEMENTOS PRELIMINARES E PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE ENSINO TÉCNICO INTEGRADO AO NÍVEL MÉDIO

Autores

  • Anderson Augusto Ribeiro anderson.ribeiro@blv.ifmt.edu.br
    Instituto Federal de Mato Grosso
  • Cleonice Terezinha Fernandes cleo_terezinha@hotmail.com
    Universidade de Cuiabá
  • Maria Isabel Martins Mourão Carvalhal mimc@utad.pt
    Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Alan dos Santos Costa arq.alancosta@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso
  • Cilene Maria Lima Antunes Maciel cilenemlamaciel@gmail.com
    Universidade de Cuiabá

10.0000/kbkds608

Palavras-chave:

Neurociência do aprendizado, Ensino-aprendizagem, Corpo-mente, Embodied cognition

Resumo

Trata-se de um recorte da pesquisa, em nível de mestrado, “Influência de um programa de consciência corporal em estudantes do ensino médio”, que foi realizada no IFMT Campus Cuiabá – Bela Vista, cujo objetivo é verificar a influência do corpo em movimento para o progresso dos processos cognitivos. Neste delineamento, evidenciamos os resultados preliminares acerca da prática do yoga na escola, bem como identificamos as percepções iniciais dos estudantes envolvidos no programa. Com tipologia pesquisa-ação de abordagem qualitativo-quantitativa, esta etapa do estudo se desenvolveu entre os meses de fevereiro e março de 2019. Para a produção de dados, utilizamos questionários e protocolos específicos da área da Educação Física e Psicologia. As intervenções se caracterizaram pelo desenvolvimento de aulas práticas de yoga que visavam promover ações biodinâmicas e reflexivas. Os resultados preliminares demonstraram que, após quatro seções de yoga, os participantes aumentaram seus níveis de flexibilidade em aproximadamente três centímetros. Verificou-se que 51% dos estudantes não praticam atividades físicas de intensidades moderadas ou vigorosas por cinco ou mais dias durante uma semana. Quanto à realização de práticas que promovam a concentração, o relaxamento e/ou autorreflexão, observou-se que 57% dos pesquisados nunca vivenciaram essas atividades. Contudo, ambos os grupos reconheceram a relevância desse tipo de vivência no ambiente escolar, demonstrando estarem satisfeitos perante as atividades propostas, avaliando-as em sua ampla maioria como “ótimas”. Nesta perspectiva, acreditamos que tais vivências possibilitarão uma visão mais contextualizada acerca da relevância das intervenções sistêmicas nos fatores motores e cognitivos, o que possibilita melhor formação biopsicossocial e acadêmica.

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Biografia do Autor

  • Anderson Augusto Ribeiro, Instituto Federal de Mato Grosso

    Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ensino - PPGEn (IFMT\UNIC). Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Licenciado em Educação Física.

  • Cleonice Terezinha Fernandes, Universidade de Cuiabá

    Doutora em Ciências da Motricidade. Bióloga, Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ensino - PPGEn (IFMT\UNIC).

  • Maria Isabel Martins Mourão Carvalhal, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

    Doutora em Ciências da Motricidade. Professora Associada, aposentada do Departamento de Ciências do Desporto Exercício e Saúde da ECVA da UTAD, investigadora do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro.

  • Alan dos Santos Costa, Universidade Federal de Mato Grosso

    Mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Antropologia Social (PPGAS – UFMT). Instrutor de Yoga no Instituto Âmbar em Cuiabá – MT.

  • Cilene Maria Lima Antunes Maciel, Universidade de Cuiabá

    Doutora em Inovação e Sistema Educativo. Pedagoga, Coordenadora\Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ensino - PPGEn (IFMT\UNIC).

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Publicado

02-09-2019

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Edição

Seção

Ciências da Saúde